13º deve impulsionar bares e restaurantes no fim de ano
Pagamento do benefício e festas de fim de ano devem aumentar o consumo fora do lar e reforçar o caixa do setor.

Com a chegada do fim do ano, bares e restaurantes de todo o país se preparam para um período de maior movimento. O pagamento do 13º salário, aliado às festas, férias e confraternizações, promete injetar recursos na economia e estimular o consumo fora do lar.
Neste ano, o impacto do 13º deve ser ainda mais forte. A proporção de brasileiros que receberão o benefício aumentou, acompanhando o avanço dos empregos formais. A injeção de recursos esperada para 2025 deve superar os R$ 321,4 bilhões estimados pelo Dieese para o ano passado.
O reajuste do salário mínimo para R$ 1.518,00 eleva o valor do benefício e aumenta o poder de compra de milhões de trabalhadores. Com mais renda circulando, o potencial de consumo cresce — especialmente em bares, lanchonetes e restaurantes.
De acordo com levantamento da Abrasel, 81% dos empresários do setor esperam aumento no faturamento em relação ao mesmo período de 2024. Para a maioria, o crescimento deve ser de pelo menos 10%.
O fenômeno pode ser explicado pela propensão marginal a consumir: pessoas de menor renda tendem a gastar mais quando recebem valores extras, como o 13º salário. Isso eleva a demanda por alimentação fora de casa, sobretudo em regiões periféricas e comunidades.
Apesar de uma leve retração em setembro, provocada pela inflação e custos operacionais, o setor está otimista.
“O pagamento do 13º, somado às festas e férias, deve impulsionar o consumo. Estamos confiantes em uma recuperação gradativa”, afirma Paulo Solmucci, presidente executivo da Abrasel.
A expectativa de movimento maior também tem levado empresários a reforçar suas equipes. Cerca de um terço pretende contratar até dezembro, com foco em funções operacionais, como auxiliares de cozinha, garçons e atendentes.
No entanto, a escassez de mão de obra qualificada e a falta de interessados ainda são desafios.
“O desemprego em níveis historicamente baixos aumenta o poder de compra, mas torna mais difícil contratar. É um bom problema — melhor faltar profissional do que faltar cliente”, completa Solmucci.




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