Bahia discute impacto de tarifas dos EUA com o Governo Federal
Reunião em Brasília busca medidas para proteger empregos e a indústria baiana das novas tarifas americanas.

O Governo da Bahia participou, nesta quarta (7), de reunião no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), em Brasília. O encontro discutiu estratégias para reduzir os impactos das novas tarifas dos EUA sobre produtos brasileiros.
Representando o governador Jerônimo Rodrigues, o secretário da Casa Civil, Afonso Florence, liderou a comitiva baiana. Ele coordena o Grupo de Trabalho criado para tratar do chamado “tarifaço”.
Também participaram remotamente representantes da FIEB, da Associação das Indústrias Processadoras de Cacau e da Abiquim.
Durante a reunião, foram apresentadas propostas emergenciais e estruturantes, como:
- Exclusão de produtos baianos da lista de sobretaxação;
- Redução de alíquotas;
- Apoio financeiro às empresas;
- Ampliação do Reintegra;
- Articulação diplomática com a OMC;
- Inclusão de produtos na LETEC e LDCC.
Segundo Florence, setores como petroquímica, cacau, celulose e pneus estão entre os mais afetados. O secretário destacou o compromisso do governo em proteger empregos e manter a competitividade.
O chefe de gabinete do MDIC, Pedro Guerra, reforçou o empenho do Governo Federal em ouvir os estados e buscar soluções conjuntas.
Impacto das tarifas
De acordo com a FIEB, as tarifas podem gerar uma queda de R$ 1,3 bilhão no PIB baiano, com risco a 210 mil empregos. Os setores atingidos incluem:
- Indústria petroquímica
- Cacau e derivados
- Metalurgia
- Mineração
- Têxtil e cosméticos
- Agricultura familiar (frutas, café, mel e pescados)
Próximos passos
O Grupo de Trabalho estadual deve evoluir para um Comitê Conjunto de Comércio Exterior (CCEX). O novo comitê reunirá o Governo da Bahia, FIEB e demais entidades, garantindo monitoramento constante e resposta rápida aos desdobramentos internacionais.
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