Bruno Henrique é alvo de investigação por esquema de aposta
A operação deflagrada pela Polícia Federal envolveu mais de 50 agentes
O atacante do Flamengo, Bruno Henrique, de 33 anos, tornou-se alvo de uma grande operação da Polícia Federal e do Ministério Público do Rio de Janeiro. A investigação apura a possível manipulação de um jogo do Campeonato Brasileiro, ocorrido no dia 1º de novembro de 2023, entre Flamengo e Santos. Segundo as autoridades, Bruno Henrique teria se envolvido em um esquema que visava beneficiar apostadores, ao tomar dois cartões amarelos de forma intencional durante a partida.
O jogo, realizado na Arena Mané Garrincha, em Brasília, foi marcado por momentos polêmicos envolvendo o jogador. Aos 50 minutos do segundo tempo, quando o Flamengo perdia por 2 a 1, Bruno Henrique recebeu o primeiro cartão amarelo. Em seguida, o atacante fez uma reclamação excessiva ao árbitro, o que resultou no segundo cartão amarelo e sua consequente expulsão do campo. Esse comportamento gerou suspeitas de que o jogador teria agido de forma a manipular o resultado da partida, favorecendo interesses externos, como apostas esportivas.
A operação deflagrada pela Polícia Federal, que envolveu mais de 50 agentes, teve como alvo mandados de busca e apreensão em diversos locais. Na terça-feira, 12 de novembro de 2023, foram realizadas diligências no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vespasiano (MG), Lagoa Santa (MG) e Ribeirão das Neves (MG). Dentre os locais visitados, estavam o Ninho do Urubu, o Centro de Treinamento do Flamengo, a sede social do clube, a Gávea, além da casa de Bruno Henrique, na Barra da Tijuca.
Além do jogador, a operação também investigou familiares de Bruno Henrique, como seu irmão Wander Nunes Pinto Junior, sua cunhada Ludymilla Araujo Lima, e sua prima Poliana Ester Nunes Cardoso. A Polícia Federal acredita que essas pessoas possam ter envolvimento no esquema, embora ainda não tenham sido feitas acusações formais. A operação visa rastrear possíveis conexões e evidências que comprovem a manipulação do jogo, além de identificar outros envolvidos.
Outros alvos da operação são Elias Bassan, Henrique Mosquete do Nascimento, Andryl Sales Nascimento dos Reis, Douglas Ribeiro Pina Barcelos e Max Evangelista Amorim, todos moradores de Belo Horizonte, cidade natal de Bruno Henrique. Esses indivíduos são ex-atletas ou jogadores amadores de futebol, e as investigações indicam que podem ter participado do esquema de manipulação de resultados, atuando como intermediários ou facilitadores de apostas ilícitas.
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