Chegada do Fogo Simbólico ao Campo Grande encerra desfile cívico do 2 de Julho em Salvador
A programação se estenderá até o próximo dia 13

Fotos: Betto Jr./Secom PMS
O desfile cívico pelos 202 anos de Independência do Brasil na Bahia teve o encerramento marcado pela cerimônia cívica realizada na Praça 2 de Julho, no Campo Grande, na tarde desta quarta-feira (2).
Estiveram presentes o prefeito Bruno Reis, a vice-prefeita Ana Paula Matos e representantes de diversos órgãos da administração municipal e demais autoridades.
O prefeito acompanhou a chegada dos carros alegóricos do Caboclo e da Cabocla; o hasteamento das bandeiras do Brasil, da Bahia e de Salvador; a colocação de coroa de flores no monumento ao Dois de Julho, o acendimento da pira do fogo simbólico pelo cantor e mestre de capoeira Tonho Matéria e a execução do Hino ao 2 de Julho, com participação de um coral e da Banda de Música Wanderley, da Polícia Militar. “Celebramos nossa autonomia e a força que faz de Salvador uma cidade independente e cheia de esperança. Que o 2 de Julho nos inspire sempre a construir uma Salvador melhor”, declarou Bruno Reis.
“É preciso juntar todas as classes e a Capoeira é uma das classes que estava no ato da Independência do Brasil. Estivemos ali presentes, como revelam os relatos de mestres antigos. Em 1798, com a Revolta dos Búzios, já era conclamado o grito de independência.
E a independência é esse grito, é esse lugar de conclamar o povo num lugar de soberania. E a capoeira é esse espaço de soberania. Hoje, nas nossas comunidades, o que mais salva é a Capoeira”, disse Tonho Matéria, após acender a pira do Fogo Simbólico no Campo Grande.
Participação popular – O largo estava cheio de pessoas dispostas a acompanhar de perto cada momento simbólico da data histórica. Maria da Hora, de 77 anos, participou pela primeira vez e disse estar amando as celebrações. “Eu estou aqui com o coração cheio de alegria. Cheguei às 12h30, acompanhada do meu esposo e adorei. Foi tudo mil maravilhas, melhor que isso não pode ter”, relatou.
Aline Santos, de 44 anos, veio novamente aos festejos depois de uma pausa de quase duas décadas. “Eu achei maravilhoso, é uma festa de todos os soteropolitanos e baianos, momento em que é comemorada a luta dos índios, negros, mestiços e de todo o povo baiano pela independência da Bahia e do Brasil.
Eu vim de São Caetano e cheguei aqui às 12h30. Depois de quase 18 anos sem participar, devido ao trabalho, estou vindo novamente e comemorando o meu aniversário”, contou.
A noite segue com a realização do XXXIV Encontro de Filarmônicas, reunindo bandas de todo o estado no Campo Grande, para celebrar a Independência. Se apresentam gratuitamente para a população a Banda de Música da Guarda Civil Municipal de Salvador (GCM), a Banda Filarmônica da Ufba, a Sociedade Filarmônica 13 de Junho de Paratinga, a Filarmônica Euterpe Lapense de Bom Jesus da Lapa, a Filarmônica 5 de Março de Muritiba e a anfitriã Oficina de Frevos e Dobrados.
O Encontro de Filarmônicas tem direção do maestro Fred Dantas.
Programação – As celebrações pelos 202 anos da Independência do Brasil na Bahia, que este ano tem como tema “Eu sou o 2 de Julho”, são promovidas pela Prefeitura de Salvador, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult) e da Fundação Gregório de Mattos (FGM).
A programação se estenderá até o próximo dia 13, com apresentação do Coral da Cidade do Salvador e Baile da Independência, no Campo Grande, nesta quinta (3); show do cantor Gerônimo, também no Campo Grande, na sexta-feira (4); Volta dos Caboclos, no sábado (5); Festa de Labatut, no final de linha de Pirajá, de 11 a 13; e missa na Igreja de São Bartolomeu, em Pirajá, no dia 13.
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