Copom mantém Selic em 15%
Banco Central aponta incertezas e mantém juros no maior nível desde 2006.

O Banco Central manteve a Selic em 15% ao ano. O Copom decidiu, por unanimidade, não alterar a taxa diante do recuo da inflação e da desaceleração econômica. A decisão já era esperada pelo mercado financeiro.
Em comunicado, o Copom reafirmou que o cenário segue incerto. Assim, a estratégia do BC é manter os juros elevados por um período prolongado. O comitê também reforçou que pode ajustar a política monetária se necessário.
Essa é a quarta reunião consecutiva com a taxa no maior nível desde 2006. A Selic chegou a 15% em junho de 2024 e permanece estável desde então.
Inflação dentro do teto da meta
A Selic é o principal instrumento para controlar a inflação, medida pelo IPCA. Em novembro, o índice ficou em 0,18%, o menor para o mês desde 2018. Em 12 meses, o IPCA acumula alta de 4,46%, dentro do teto da meta contínua de 4,5%.
No sistema de meta contínua, adotado este ano, a meta é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual. A apuração é mensal e considera o acumulado em 12 meses.
O último Relatório de Política Monetária projetou inflação de 4,8% para 2025, estimativa que será revisada. Já o mercado prevê alta de 4,4%, segundo o boletim Focus.
Crédito caro e economia lenta
Juros altos reduzem o consumo e encarecem o crédito, o que ajuda a segurar a inflação. Por outro lado, dificultam o crescimento da economia. O Banco Central prevê expansão de 2% para 2025, enquanto o mercado estima 2,25%.
A Selic serve de referência para todas as taxas do mercado. Quando sobe, segura a demanda e favorece a poupança. Quando cai, estimula o crédito e o consumo, mas reduz o controle dos preços.
O BC só deve cortar os juros quando houver segurança de que a inflação está totalmente sob controle.
Fonte: Agência Brasil




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