Morre Arlindo Cruz, ícone do samba, aos 66 anos

Músico lutava desde 2017 após sofrer AVC; legado inclui mais de 700 composições e impacto cultural profundo.

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Morre Arlindo Cruz, ícone do samba, aos 66 anos
Foto: Reprodução Instagram @arlindocruz

O Brasil perdeu, nesta sexta-feira (8), um dos seus maiores talentos musicais. Morreu, aos 66 anos, o compositor e multi-instrumentista Arlindo Cruz. A informação foi confirmada por sua família nas redes sociais.

Desde 2017, Arlindo enfrentava complicações de saúde causadas por um acidente vascular cerebral (AVC). Segundo a Agência Brasil, o artista morreu em casa, cercado por familiares.

“Arlindo parte deixando um legado imenso para a cultura brasileira e um exemplo de força, humildade e paixão pela arte”, escreveu a família na nota de despedida.

Ele deixa a esposa Bárbara Cruz, e os filhos Arlindinho e Flora.


De Madureira para o Brasil inteiro

Arlindo Domingos da Cruz Filho nasceu em 14 de setembro de 1958, no bairro de Madureira, Zona Norte do Rio de Janeiro. Ganhou o primeiro cavaquinho aos 7 anos e, desde então, dedicou a vida à música.

Ainda jovem, acompanhou nomes como Candeia e participou de programas como o Sem Censura, da TV Brasil, onde relembrou a influência musical do pai Arlindão Cruz e da mãe Aracy.


Fundo de Quintal e carreira solo

Sua trajetória ganhou força nas rodas de samba do Cacique de Ramos, ao lado de Beth Carvalho, Zeca Pagodinho, Jorge Aragão, Almir Guineto e Sombrinha, seu parceiro de longa data.

Convidado para integrar o Fundo de Quintal, participou da transformação sonora do samba moderno. Ficou 12 anos no grupo e, em 1993, partiu para uma bem-sucedida carreira solo.

Autor de mais de 700 músicas, escreveu sobre amor, fé e cotidiano. Sucessos como “O Show Tem Que Continuar”, “Meu Lugar” e “Bagaço de Laranja” seguem eternizados nas vozes do povo.


Voz do carnaval e defensor da cultura

Arlindo também marcou presença no carnaval carioca, especialmente no Império Serrano. Sempre próximo das escolas de samba, era reverenciado nas quadras.

Torcedor apaixonado do Flamengo, era também um defensor da cultura popular, da fé no candomblé e da liberdade religiosa. Combateu com firmeza a intolerância religiosa, sempre com a música como aliada.


Um legado que nunca se apaga

A perda de Arlindo Cruz é imensa, mas seu legado segue vivo nas letras, nas melodias e nos corações de milhões de brasileiros.

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