Operação Hydor: seis presos por furto de água

Polícia Civil e Embasa encontraram ligações clandestinas que desviavam grande volume de água potável para irrigação e uso particular.

Bahia
Operação Hydor: seis presos por furto de água
Foto: Divulgação Ascom PCBA

Seis homens foram presos em flagrante nesta sexta-feira (17) por furto qualificado de água durante a Operação Hydor, realizada em Vitória da Conquista, no sudoeste baiano. A ação foi conduzida pela Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR) com apoio técnico da Embasa (Empresa Baiana de Águas e Saneamento).

As prisões ocorreram em uma chácara, onde foram identificadas ligações clandestinas de grande porte que desviavam milhares de metros cúbicos de água tratada para irrigação, abastecimento de piscinas e outros usos indevidos.

Perdas de até 60% no sistema

Segundo a Embasa, após a ampliação do sistema de abastecimento em 2022, a oferta passou de 1 milhão para 4 milhões de litros por dia. Apesar disso, o monitoramento apontou perdas de até 60% no volume distribuído – o que significa que a cada 10 litros enviados, 6 eram desviados ilegalmente.

Essas perdas acenderam o alerta da concessionária, que intensificou a fiscalização. As ligações clandestinas vinham prejudicando o abastecimento regular da população, sobretudo em períodos de maior consumo.

Mais de 50 imóveis sob investigação

A ação identificou irregularidades em pelo menos 50 imóveis, que já estão sendo monitorados pela Embasa e pela Polícia Civil. A água furtada era usada, principalmente, em cultivos agrícolas e propriedades de lazer.

De acordo com a perícia, as instalações ilegais comprometem não só o sistema de distribuição, mas também oferecem risco de contaminação da água, devido à manipulação indevida da rede.

Crime contra o patrimônio

O delegado Odilson Pereira, titular da DRFR, afirmou que o furto de água é tipificado como crime contra o patrimônio, conforme o Código Penal Brasileiro. A pena prevista é de um a quatro anos de reclusão, além de multa.

“Além dos prejuízos financeiros, o crime ameaça o abastecimento de quem paga regularmente pelo serviço. A Embasa distribui água com base em planejamento técnico para imóveis cadastrados. As investigações continuam para identificar outros envolvidos”, declarou o delegado.

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