Teatro Castro Alves: Patrimônio vivo em transformação
No mês do Patrimônio, TCA celebra sua história enquanto avança nas obras que unem memória, acessibilidade e inovação rumo a 2026.

No mês do Patrimônio Histórico e Cultural, celebrado em 17 de agosto, o Teatro Castro Alves (TCA) reafirma seu papel como símbolo da cultura baiana e brasileira.
Tombado desde 2014 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o TCA passa por sua última etapa de requalificação. As obras integram o projeto Novo TCA.
O objetivo é claro: preservar a essência do teatro, enquanto se adapta às exigências de acessibilidade, sustentabilidade e tecnologia.
Referência arquitetônica e histórica
Inaugurado em 1967, o TCA foi o primeiro equipamento cultural público de grande porte da Bahia. O projeto arquitetônico é de José Bina Fonyat e Humberto Lemos.
Em 2009, um concurso público nacional foi lançado para requalificar o espaço. A proposta visava alinhar conservação e modernização.
“O tombamento deu respaldo ao projeto. Atualizamos acessibilidade, segurança e tecnologias sem comprometer o traço original”, destaca Moacyr Gramacho, diretor do TCA.
Obras do Novo TCA seguem até 2026
A terceira e última fase da reforma do Novo TCA tem previsão de entrega no primeiro semestre de 2026. O investimento total é de R$ 260 milhões.
A obra contempla a modernização da Sala Principal, restauro do Foyer, requalificação do Jardim Suspenso e melhorias no Centro Técnico e salas administrativas.
Os corpos artísticos, Balé Teatro Castro Alves (BTCA) e Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba), também receberão novas estruturas.
As duas primeiras etapas foram entregues anteriormente: a Concha Acústica e o Edifício Garagem em 2016, e a Sala do Coro em 2018.
Preservação vai além da arquitetura
Além da estrutura física, o tombamento abrange mobiliário e equipamentos. Esses bens são administrados pelo setor de Almoxarifado, essencial para a conservação.
Coordenadora há quase 20 anos, Ana Maria destaca a importância do setor. “É o coração da casa. Sem organização, nada anda”, compara.
A preservação dos bens materiais reforça a missão do TCA: manter viva sua memória, sem abrir mão do futuro.
Identidade preservada com inovação
O Novo TCA resulta de um concurso de arquitetura realizado em 2010. Desde então, o projeto busca unir história e inovação em cada detalhe.
Com as reformas, o teatro se consolida como um espaço moderno, acessível e plural, sem perder sua identidade original.
Ao mesmo tempo em que olha para frente, o TCA honra seu passado. E reforça, neste mês do Patrimônio, que cultura e memória caminham juntas.
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