Ato pró-Bolsonaro reúne 12 mil na Paulista

Manifestantes pedem anistia e criticam STF em protesto contra julgamento de Bolsonaro por tentativa de golpe. Ato contou com governadores e Silas Malafaia.

Brasil
Ato pró-Bolsonaro reúne 12 mil na Paulista
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Com o mote “Justiça Já”, manifestantes se reuniram na tarde deste domingo (29), na Avenida Paulista, em São Paulo, em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. O ato protestou contra o julgamento que o acusa de liderar uma tentativa de golpe de Estado em 2022.

Segundo levantamento do Monitor do Debate Político do Cebrap e da ONG More in Common, o ato reuniu 12,4 mil pessoas. O número foi estimado por drones e inteligência artificial. A informação é da Agência Brasil.


Presenças e discursos

O protesto contou com a presença de Silas Malafaia, principal organizador, e dos governadores Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema (MG) e Jorginho Mello (SC). Todos discursaram ao lado de Bolsonaro.

Vestidos de verde e amarelo, os apoiadores se concentraram entre a Rua Peixoto Gomide e o MASP, com outra aglomeração próxima à sede da Fiesp.


Bolsonaro defende anistia e pede maioria no Congresso

Saudado com gritos de “mito”, Bolsonaro defendeu a anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro. Pediu também que a direita eleja 50% do Congresso em 2026.

“Liberdade para os inocentes do 8 de janeiro. A anistia é um remédio previsto na Constituição”, declarou o ex-presidente.

Segundo ele, é preciso “investir, acreditar” e entender que “as coisas não mudam de uma hora para outra”.


Malafaia ataca STF e a delação de Mauro Cid

O pastor Silas Malafaia atacou o ministro Alexandre de Moraes, chamando-o de “ditador”. Criticou também a delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

“Toda a denúncia da PGR está sustentada na delação fajuta do coronel Cid”, afirmou Malafaia.


Tarcísio critica o governo Lula

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, foi o mais aplaudido. Ele pediu anistia, criticou a gestão Lula e disse que o Brasil vive um momento de “desgaste”.

“O Brasil não aguenta mais corrupção, juro alto, gasto desenfreado. O governo destruiu tudo. Volta, Bolsonaro!”, disse ele.


Julgamento entra na fase final

Na sexta-feira (27), o ministro Alexandre de Moraes abriu o prazo para alegações finais no processo que investiga Bolsonaro e outros sete acusados.

A PGR tem 15 dias para apresentar sua manifestação. Depois, o delator Mauro Cid e os demais réus também terão o mesmo prazo.

Todos são acusados de:

  • Organização criminosa armada
  • Golpe de Estado
  • Tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito
  • Dano qualificado por violência
  • Deterioração de patrimônio tombado

As penas somadas podem ultrapassar 40 anos de prisão. O julgamento ocorrerá na Primeira Turma do STF, composta por cinco ministros.

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