Paulo Sérgio é o único réu presente em julgamento sobre golpe

Ex-ministro da Defesa acompanha julgamento no STF. Bolsonaro não comparece por problemas de saúde, segundo advogado. PGR acusa réus de cinco crimes graves.

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Paulo Sérgio é o único réu presente em julgamento sobre golpe
Foto: Antonio Augusto/STF

O ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, foi o único dos oito réus a comparecer presencialmente ao primeiro dia do julgamento sobre a tentativa de golpe de Estado.

A sessão ocorre na sala da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. O julgamento analisa as ações de Jair Bolsonaro e aliados para manter o ex-presidente no poder, após as eleições de 2022.

“A gente acredita na Justiça e nas provas apresentadas nas nossas alegações finais”, afirmou Nogueira ao chegar ao STF.

Bolsonaro não compareceu

Jair Bolsonaro, apontado pela PGR como líder da trama golpista, não compareceu à audiência. Seu advogado, Celso Vilardi, afirmou que o ex-presidente cogitou ir ao julgamento, mas desistiu por problemas de saúde. “Ele não está bem”, disse o defensor.

Os demais réus estão representados por seus advogados. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, acompanha o julgamento e assina a denúncia.

Réus do núcleo central

Os oito acusados fazem parte do chamado “núcleo principal” da trama. São eles:

  • Jair Bolsonaro – ex-presidente
  • Alexandre Ramagem – ex-diretor da Abin
  • Almir Garnier – ex-comandante da Marinha
  • Anderson Torres – ex-ministro da Justiça
  • Augusto Heleno – ex-chefe do GSI
  • Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa
  • Walter Braga Netto – ex-vice na chapa de 2022
  • Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro

A PGR acusa todos de:

  • Liderar ou integrar organização criminosa armada
  • Atentar contra o Estado Democrático de Direito
  • Tentar golpe de Estado
  • Dano qualificado com violência e ameaça
  • Deterioração de patrimônio público tombado

Caso Ramagem

O deputado Alexandre Ramagem responde apenas pelos três primeiros crimes. Como tem mandato parlamentar, ele é beneficiado por uma regra constitucional que suspende parte das acusações.

Penas e rito do julgamento

Se condenados, os réus podem pegar mais de 40 anos de prisão. A pena dependerá do papel de cada um na tentativa de golpe.

O julgamento começou com a leitura do relatório do caso, feita pelo relator, ministro Alexandre de Moraes.

Em seguida, o procurador Paulo Gonet fará a sustentação oral da acusação, com até uma hora de duração, prorrogável por mais uma.

À tarde, será a vez das defesas. Cada advogado terá até uma hora para apresentar seus argumentos.

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