PGR pede condenação de Bolsonaro por tentativa de golpe

Procuradoria aponta ex-presidente como líder de organização criminosa armada. Julgamento no STF deve ocorrer em setembro.

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PGR pede condenação de Bolsonaro por tentativa de golpe
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. A manifestação foi enviada ao ministro Alexandre de Moraes às 23h45 desta segunda-feira (14), segundo a Agência Brasil.

O pedido inclui outros sete réus do chamado “núcleo 1” da trama golpista. Trata-se da fase final do processo, anterior ao julgamento, previsto para setembro.

O documento, com 517 páginas, foi assinado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet. Ele aponta Bolsonaro como o líder da organização criminosa armada. Segundo Gonet, o ex-presidente articulou, liderou e se beneficiou diretamente das ações que buscavam abolir, de forma violenta, o Estado Democrático de Direito.

Além de organização criminosa, os réus respondem por:

  • Tentativa de golpe de Estado
  • Dano qualificado por violência e ameaça
  • Deterioração de patrimônio tombado

As penas máximas somam mais de 30 anos de prisão.

Réus citados pela PGR:

  • Walter Braga Netto (ex-ministro e general do Exército)
  • Augusto Heleno (ex-chefe do GSI)
  • Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin)
  • Anderson Torres (ex-ministro da Justiça)
  • Almir Garnier (ex-comandante da Marinha)
  • Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa)
  • Mauro Cid (ex-ajudante de ordens de Bolsonaro)

Mauro Cid firmou acordo de delação premiada com a Polícia Federal. Caso condenado, pode ter a pena suspensa.

Atuação de Bolsonaro

De acordo com Gonet, Bolsonaro instrumentalizou o Estado. Ele usou recursos públicos para atacar o processo eleitoral e disseminar mentiras. As ações tinham o apoio de militares e membros do governo.

“Mobilizou agentes, recursos e competências estatais à revelia do interesse público”, escreveu o procurador. A intenção, segundo ele, era provocar instabilidade e defender medidas autoritárias.

Próximos passos no STF

Com a entrega da manifestação, abre-se o prazo de 15 dias para as alegações finais da defesa de Mauro Cid. Em seguida, os demais réus também apresentarão suas manifestações no mesmo prazo.

Somente após essa fase, a Primeira Turma do STF marcará a data do julgamento. A expectativa nos bastidores é de que ele ocorra em setembro.

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