Seap admite falhas em vistorias na casa de Bolsonaro e envia explicações ao STF
Resposta foi enviada após cobrança do ministro Alexandre de Moraes sobre possíveis irregularidades no monitoramento da prisão domiciliar

A Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seap) enviou nesta quarta-feira (24) um relatório ao Supremo Tribunal Federal (STF), respondendo às cobranças do ministro Alexandre de Moraes sobre falhas na fiscalização da residência do ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar.
Moraes havia solicitado informações detalhadas sobre a entrada e saída de veículos no dia 12 de setembro, um dia após a condenação de Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão.
🚨 Vistorias sob questionamento
O ministro questionou duas saídas de veículo, registradas às 13h16 e às 16h22. Segundo as regras da prisão domiciliar, todos os veículos devem ser vistoriados, com identificação dos ocupantes.
A Seap reconheceu falhas nos registros:
- Às 13h16, dois seguranças deixaram a casa em um Jeep Compass.
- Retornaram 10 minutos depois com um terceiro segurança.
- No relatório, os ocupantes foram identificados apenas como “pessoas”.
Mais tarde, às 16h22:
- Um novo deslocamento do veículo não teve passageiros identificados.
- Não foram feitas imagens da inspeção.
- A equipe precisou buscar as imagens no condomínio, que solicitou análise jurídica antes de liberar o material.
📄 Seap diz que falhas não comprometem vistoria
Apesar das irregularidades, a secretaria alegou que as falhas não comprometeram os objetivos das vistorias.
“A ausência de identificação nominal não comprometeu o objetivo principal da vistoria veicular”, declarou o órgão ao STF.
A Seap afirmou ainda que os nomes dos ocupantes foram posteriormente incluídos no relatório e que os erros foram materiais, não havendo indício de tentativa de burlar a fiscalização.
⚖️ Prisão domiciliar
Jair Bolsonaro está em prisão domiciliar desde 4 de agosto, por determinação de Moraes no âmbito do inquérito que investiga a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O caso envolve a Lei Magnitsky e sanções aplicadas pelos Estados Unidos contra o Brasil.
Fonte: Agência Brasil
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